08/Apr/2024
A Bahia figura como um dos principais produtores de frango das Regiões Norte e Nordeste e ocupa a oitava posição no ranking nacional. Na região oeste, uma empresa está expandindo a produção e deve alojar cerca de 5 milhões de frangos até o final do ano. Depois de dois anos difíceis com a pandemia de Covid-19 e o aumento dos custos de produção, o cenário para o setor de aves em 2024 é otimista no Estado. Com isso, o investimento na ampliação da produção será maior. Para a Mauricéa Alimentos, os anos anteriores foram desafiadores. O mercado de 2021 e 2022 foi difícil para o setor, com pandemia e grãos muito caros. A empresa reduziu a produção cerca de 30% nesses dois anos. Em 2024, há mais otimismo com grãos em queda e o preço de frango conseguindo se manter em um patamar interessante. A ideia é que esse ano seja possível iniciar o segundo turno de abate.
Dessa forma, a empresa vai passar de 70 mil frangos para mais ou menos uns 120 mil frangos dia, isso só em abatedouro próprio. Além da Bahia, a empresa possui um complexo parecido em Pernambuco, com granja, fábrica de ração e abatedouro. Hoje, em Pernambuco, a empresa está abatendo 100 mil frangos por dia. Além do frango, tem ovos comerciais, que hoje estão na capacidade de 500 mil por dia. Pensando em expandir a produção, a empresa vai inaugurar até o fim do ano 8 núcleos, com 6 galpões como de 160 metros de comprimento e capacidade de alojar 34 mil frangos. A expansão da granja na Bahia, conta com 48 galpões, com capacidade de alojar aproximadamente 1 milhão e 600 mil frangos. Doze devem entrar em funcionamento no início do segundo semestre. No total, o complexo com 178 galpões, vai alojar cerca de 5 milhões e 300 mil frangos.
Atualmente, o complexo na Bahia emprega 1.500 pessoas e com o aumento de um segundo turno de abate. De acordo com a empresa, serão criadas entre 300 e 400 vagas de trabalho. A grande maioria das agroindústrias do setor estão no recôncavo baiano, a aproximadamente, 130 m da capital, Salvador. De acordo com a Associação Baiana de Avicultura (Aba), o setor é responsável por 15 mil empregos diretos no Estado. Um levantamento da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), divulgado em janeiro, mostrou que nos últimos 10 anos, a avicultura baiana cresceu 31% em comparação com a média nacional, que foi de 18%. Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais recente, a Bahia possui o oitavo maior efetivo de galináceos do Brasil, com mais de 49.658.064 milhões de cabeças. De acordo com a Associação Baiana de Avicultura (Aba), apesar da oitava colocação no ranking nacional, a avicultura cresceu no Estado.
Um dos motivos é o fortalecimento dos órgãos de fiscalização governamentais que atestam a qualidade do produto. No ano de 2007, havia apenas 3 frigoríficos na Bahia. Hoje, são 12 frigoríficos em pleno funcionamento. De acordo com as pesquisas trimestrais do IBGE, em 2023, 128.595.481 frangos foram abatidos no Estado. O número é cerca de 7% menor, do que o recorde em 2022, que foi de 138.563.619 milhões. Por outro lado, houve recorde na produção de ovos com 82 milhões e 404 mil dúzias, maior quantitativo em 22 anos. Entre os desafios do setor, o maior atualmente é a falta de mão de obra qualificada. A agricultura familiar agrega ao setor, mas ainda precisa de apoio para qualificação. Essa tem sido a maior deficiência da avicultura do Estado. Fonte: Canal Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.