28/Mar/2024
A notícia de que novas plantas frigoríficas foram habilitadas a exportar para China ainda não se efetivou em aumento na demanda por bovinos. O ritmo lento de vendas de carne bovina no mercado doméstico, as escalas alongadas dos frigoríficos e a aproximação dos meses mais frios, quando as condições das pastagens pioram e os pecuaristas são pressionados a elevar a oferta, mantêm os preços enfraquecidos. Além disso, o período atual é de “safra”, ou seja, a oferta já tem estado relativamente elevada. No caso da demanda interna, o fragilizado poder de compra do consumidor limita o consumo de carne bovina.
Contas sazonais de início de ano e, em algumas situações, a tradição de evitar o consumo de carne vermelha na Quaresma têm pressionado as vendas domésticas. O acompanhamento dos preços da carne com osso no atacado de São Paulo evidencia o impacto da renda. O dianteiro, que concentra os cortes mais baratos, registra valorização de 4,1% ao longo deste ano, ao passo que o preço do traseiro, com as carnes mais caras, recua 12,5%. A ponta de agulha, que costuma ser demanda em churrascos, se desvaloriza 15,4% no ano. No balanço ponderado, o preço da carcaça casada de boi acumula queda de 8% neste ano, passando para R$ 16,19 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.