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28/Mar/2024

Boi: nova vacina contra doença respiratória bovina

Um pesquisador da Louisiana State University (LSU), nos Estados Unidos, desenvolveu uma nova vacina contra a doença respiratória bovina (BRD) e doenças relacionadas que matam cerca de 8 milhões de bezerros a cada ano e custam ao setor pecuário dos Estados Unidos mais de US$ 1 bilhão. Atualmente, a maioria dos produtores de gado usa uma vacina viva contra a BRD modificada, disponível comercialmente, que contém vários vírus vivos (um coquetel) para proteger seus rebanhos. Ainda assim, as doenças matam mais de um em cada cinco bezerros. Essa nova vacina é mais segura para os bezerros e muito mais eficaz do que o coquetel de vacinas. O pesquisador pegou o vírus do herpes bovino tipo 1 (BHV-1) e o modificou geneticamente para fornecer as proteínas protetoras de outros vírus respiratórios bovinos, vírus da diarreia viral bovina tipo 1 e 2 (BVDV 1more e 2) e vírus sincicial respiratório bovino (BRSV), para prevenir a doença respiratória bovina.

A pesquisa que levou a novas ferramentas, como a vacina, é um dos pilares da Scholarship First Agenda da LSU, que promove a agricultura, a biomedicina, a proteção costeira, a defesa e a energia. O crescimento da população global e as mudanças ambientais significam que é preciso aumentar a quantidade de alimentos que são produzidos. Essa vacina desenvolvida pela LSU ajudará a proteger o suprimento mundial de alimentos e a melhorar os resultados para os produtores de gado. A taxa de mortalidade de bezerros em animais vacinados é apenas uma das áreas em que o atual coquetel de vacinas deixa a desejar. Os Estados Unidos não exigem vacinas marcadoras ou DIVA (Differentiating Infected from Vaccinated Animals), que podem ser distinguidas dos vírus virulentos de campo. O atual coquetel de vacinas não é uma vacina DIVA/marcadora. Portanto, os vírus da vacina podem circular e ser mantidos na população bovina. Eles podem mudar com o tempo e recuperar a capacidade de causar doenças.

Os produtores de gado também relataram abortos espontâneos e doença respiratória bovina em animais vacinados. Acredita-se que as variantes dos vírus da vacina viva sejam a causa. A falta de marcadores no coquetel de vacinas impossibilita a distinção entre os vírus da vacina e os vírus causadores da doença. Com a nova vacina da LDU, não há chance de o vírus da vacina se espalhar e circular na população bovina. A vacina ainda oferece outras vantagens: é econômica. Ela usa um vírus, o BHV-1 geneticamente modificado, que cresce bem em cultura de células. Na vacina comercial de coquetel, os vírus individuais são cultivados separadamente e depois misturados. Cada lote de vacina exige um extenso controle de qualidade. O BRSV, o vírus, cresce mal em cultura de células com um rendimento escasso. Não causa aborto, um possível resultado entre as vacas que atingem a idade adulta após receberem o coquetel de vacinas comerciais. Essa vacina pode ser um divisor de águas para o setor pecuário. Fonte: Feedstuffs. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.