22/Mar/2024
Há bom tempo ocupando o terceiro posto como maior produtor de carne de frango do Brasil (atrás apenas de Paraná e Santa Catarina), em 2023 o Rio Grande do Sul recuou uma posição. Em termos de cabeças abatidas manteve o terceiro lugar, mas o volume de carne foi inferior ao de São Paulo. De forma geral, todo o setor desacelerou no segundo semestre de 2023. Tanto que a produção de carne do período recuou quase 5% (mais exatamente, 4,57%) em relação ao primeiro semestre. Mas, enquanto na média do Centro-Sul o recuo não chegou a 3%, no Rio Grande do Sul ficou em 12,5%. Efeito, sem dúvida, das intempéries climáticas que afetaram o Estado no ano passado e que, em alguns casos, chegaram a paralisar o setor por semanas. De toda forma, o Rio Grande do Sul não esteve sozinho.
Mato Grosso, por exemplo, abateu mais frangos que o vizinho Mato Grosso do Sul, mas produziu um volume de carne inferior. Aqui, porém, a ocorrência parece estar relacionada ao tipo de ave produzida, no caso, “grillers”, com peso máximo pouco superior a 1 Kg. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relacionados ao abate de frangos sob inspeção (federal, estadual ou municipal) apontam que em 2023 o sistema esteve presente em 24 Estados e no Distrito Federal, só não havendo referências sobre Roraima e Amapá. Porém, a divulgação da produção efetiva (cabeças abatidas e carne produzida) ficou restrita a 19 Unidades Federativas (UFs), pois os números relativos ao Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Rio Grande do Norte e Sergipe foram inibidos (por conterem, cada um, menos de três informantes).
A despeito das adversidades climáticas enfrentadas pela avicultura no Rio Grande do Sul, a Região Sul permaneceu em imbatível liderança, respondendo por 60% das aves abatidas sob o sistema de inspeção e por 58% da carne delas decorrente. Na sequência, mas com não mais que 20% das cabeças abatidas e da carne produzida, vem a Região Sudeste. Os percentuais relativos às Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte são aproximados, devido à inibição de dados de algumas UFs locais. Porém, chama a atenção, em termos regionais, o aumento de quase 50% na produção de carne da Região Norte, que, mesmo assim, respondeu por menos de 1,5% da produção nacional. Neste caso, o incremento, devido a Tocantins e Rondônia, não significa, necessariamente, maior produção. Decorre, sobretudo, da adesão de novos abatedouros ao sistema de inspeção. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.