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21/Mar/2024

Suíno: desafios em conter morte de fêmeas nos EUA

Em um estudo divulgado pela MetaFarms, empresa sediada em Minnesota, nos Estados Unidos, e especializada em software e análise para o setor suinícola, constatou-se um aumento de 1% na mortalidade de fêmeas em fazendas dos Estados Unidos durante o ano de 2023, comparado a 2022. Este incremento elevou o índice para um patamar recorde na indústria, alcançando 15,3%. A análise apontou causas diversas, com destaque para prolapsos uterinos e retais, problemas relacionados à condição corporal e questões gerais de saúde, além de uma significativa parcela de causas não identificadas. Por outro lado, o cenário no Canadá apresenta-se de forma mais otimista.

Um levantamento realizado por uma equipe interdisciplinar envolvendo o Prairie Swine Centre, da Universidade de Saskatchewan, e outras instituições revelou que a mortalidade anual média de fêmeas no país é substancialmente menor que a dos Estados Unidos, situando-se em 5,7%. A pesquisa também identificou uma maior incidência de mortalidade entre porcas gestantes em grupos, sugerindo que a experiência no manejo desses grupos pode influenciar positivamente os índices de mortalidade. A Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS) foi destacada como um dos fatores que contribuem para as mortes, afetando diretamente o sistema imunológico dos animais e aumentando sua vulnerabilidade a infecções secundárias.

O estudo canadense também menciona a correlação entre o tamanho das explorações suinícolas e a taxa de mortalidade, apontando para possíveis desafios na gestão de grandes propriedades, como a escassez de pessoal e a dificuldade no tratamento adequado de suínos comprometidos. Diante desses desafios, especialistas apontam a capacitação contínua das equipes de trabalho como medida crucial para a prevenção da mortalidade das fêmeas. A MetaFarms enfatiza a importância do treinamento para identificação precoce de problemas e a adoção de cuidados específicos.

Exemplos de sucesso, como o de um agricultor norte-americano que alcançou taxas muito baixas de mortalidade, ilustram como a combinação de rigorosa biossegurança, atenção à genética, análise de dados e trabalho em equipe entre gerentes, nutricionistas e veterinários pode resultar em melhorias significativas. Essas estratégias evidenciam que, apesar dos desafios enfrentados pela indústria suinícola na América do Norte, há caminhos eficazes para a redução da mortalidade de fêmeas, combinando conhecimento técnico, gestão e comprometimento com o bem-estar animal. Fonte: Pig Progress. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.