19/Mar/2024
A estabilidade no preço do boi gordo deve persistir nesta semana no mercado físico, sem grandes novidades que possam modificar esse cenário. A movimentação para compra de bois terminados pela indústria frigorífica segue lenta, pois a demanda interna continua reduzida, tendência consolidada desde o início do ano e que só deve sofrer oscilações pontuais até o fim de março. Em São Paulo, o boi gordo continua cotado a R$ 230,00 por arroba a prazo. Essa, aliás, é a cotação no Estado desde 1º de março e as escalas de abate estão preenchidas por 15,5 dias. O "boi China" permanece a R$ 235,00 por arroba em São Paulo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 205,00 por arroba e em Rondônia, R$ 190,00 por arroba.
Embora o incremento da exportação para a China, com a habilitação de 24 frigoríficos de carne bovina, venha acompanhado da expectativa de aumento da demanda, o que poderia impulsionar os preços do boi gordo, nenhum efeito relevante já é perceptível no mercado físico. Porém, outro Estado fundamental para a exportação de carne bovina, Mato Grosso já trabalha com a expectativa de preços mais competitivos após saltar de 7 para 13 frigoríficos a exportar para a China. Deve haver maior volume de carne destinada para o exterior, o que aumenta a competitividade para o setor e consequentemente pode elevar os preços para a cadeia produtiva. Neste Estado, o "boi China" está cotado a R$ 215 por arroba.
Em São Paulo, no atacado, embora com oscilações pontuais em alguns dias, os preços também permanecem firmes. O traseiro do boi capão está cotado a R$ 18,15 por Kg e o dianteiro, a R$ 14,00 por Kg. As condições climáticas nos próximos dias podem mudar a dinâmica de negociações, forçando os produtos a acelerarem os negócios, por uma eventual menor capacidade para controlar a oferta, pois temperatura e nível de precipitação podem afetar a disponibilidade de pastagens, influenciando indiretamente os preços da carne bovina.