19/Mar/2024
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acredita que o País não tem atendido a Cota Hilton em percentuais elevados porque uma parte significativa da produção de carne bovina tem sido destinada a outros mercados, como o chinês. Não é falta de qualidade do gado. O Brasil teria condições de atender a todos os requisitos da Cota Hilton se houvesse interesse do produtor e do frigorífico brasileiro que exporta. Hoje, o mercado está muito bem consolidado em outros destinos. Provavelmente, os ganhos que os frigoríficos têm com o volume são maiores do que teriam para atender a esse tipo de cota. Em geral, o gado que vai para abate em frigoríficos que atuam na Cota Hilton vem de pecuaristas que fazem ciclo completo, com os processos de cria, recria e engorda todo dentro dos padrões europeus.
Porém, as vezes o valor de um bovino de Cota Hilton, é significativo, mas não compensa todo o processo. São poucos produtores que conseguem atender essas exigências a ponto de compensar, afirma a Associação de Criadores do Mato Grosso (Acrimat). Algumas mudanças importantes estão acontecendo no mercado europeu, como produtores rurais que estão saindo da atividade para apostar no setor de energia renovável, como a aplicação de placas solares nas propriedades, algo que foi impulsionado após o início da guerra na Ucrânia. Nos próximos anos, os europeus devem vir para comprar mais carne e proteínas vegetais da América do Sul, pois não terão outra alternativa. A Cota Hilton foi criada em 1979 e seu nome foi inspirado na rede norte-americana de hotéis Hilton, que era conhecida pelos altos padrões de serviços. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.