13/Mar/2024

O Paraná ganhou mais uma usina de biometano produzido a partir de resíduos da criação de suínos. Conforme a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, a nova usina foi inaugurada em Carambeí, na região dos Campos Gerais, e o biocombustível vai abastecer a frota de caminhões da Coopercarga, empresa de logística de atuação nacional e internacional. A usina, cujo investimento superou o R$ 1 milhão, permitirá a filtragem do biogás proveniente dos resíduos da criação de suínos e a produção do biometano.

Os resíduos virão da criação do suinocultor Eduardo Dykstra, que já produzia biogás para geração de energia elétrica. Agora, com a filtragem para biometano, que será vendido, o produtor garante mais uma fonte de renda. A previsão é produzir até 60 metros cúbicos de biometano por hora, suficientes para abastecer, inicialmente, quatro caminhões que atuam na rota São Paulo/Rio Grande do Sul. A capacidade da planta é de 35 mil metros cúbicos de biometano por mês.

O produtor viu a oportunidade de ter um rendimento a mais na atividade. Além de agregar valor na propriedade, venderá o biometano, que é quase dez vezes o valor da energia elétrica, e com certeza, reduzirá seus custos. O Paraná abate 13 milhões de suínos por ano e deve chegar a 17 ou 18 milhões até o fim da década. Também produz 9 milhões de frangos por dia. Isso gera dejetos. Tantas outras indústrias podem iniciar um processo inteligente de produção de biogás.

É preciso mudar a realidade. A agricultura do Estado está indo para um caminho mais natural. De acordo com o RenovaPR, o projeto em Carambeí é o início de um processo que deve avançar. Para garantir o abastecimento com biometano da frota, a empresa transportadora deve investir em pontos de abastecimento também em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.