04/Mar/2024
Com o cenário para o milho 2ª safra de 2024 incerto, mas com expectativa de menor produção, dada a redução da área plantada, é importante que os compradores considerem a possibilidade de preços voltando a subir mais adiante, o que torna o momento atual oportuno para a fixação de parte das necessidades para os próximos meses. Afora os riscos imponderáveis, tais como aqueles relacionados à gripe aviária, a atenção do setor também deve estar na gestão de riscos de preço dos insumos da ração, e isso passa por aproveitar o momento de cotações mais contidas de milho e principalmente de soja, para uma boa formação dos custos de ração.
Com as margens saudáveis e a oferta controlada, é o momento de se preparar para eventual mudança de ventos. Cabe observar que a relação de preços entre a carne de frango e o dianteiro bovino está 22% menor que há um ano, ou seja, com a ave com baixa competividade e, nos próximos meses, a expectativa é de preços mais contidos dos cortes bovinos em função do período de safra. Sendo assim, será de suma importância evitar grandes expansões dos alojamentos de pintos, para que a sustentação dos preços da ave e por último as margens não sejam pressionadas.
O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Pequim revisou para baixo em fevereiro sua previsão de importações de carne de frango pela China para 770 mil toneladas, sendo de 800 mil toneladas a previsão oficial do USDA, justificado por expectativas de produção e consumo menores para 2024, mas que não serão compensadas por maiores importações, já que há falta de espaço nas câmaras frias e as condições econômicas vem se mostrando mais desafiadoras. Em 2023, o Brasil exportou 26% a mais de carne de frango in natura para a China e respondeu por 65% do total importado, seguido dos Estados Unidos, com17%. Fonte: Itaú BBA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.