23/Feb/2024
A delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em missão junto ao governo de Omã recebeu, nesta quinta-feira (22/02), a confirmação da abertura de um novo mercado para produtos agropecuários. A partir de agora, a pecuária brasileira está habilitada a exportar bovinos vivos para abate e engorda ao país do Oriente do Médio. Somente em 2023, o Brasil exportou ao mundo US$ 488 milhões em bovinos vivos, num total de 23 países. No ano passado, o agro brasileiro exportou cerca de US$ 330 milhões para Omã, um aumento de 70% em comparação com 2022. As carnes foram o produto de maior destaque, representando 55% do total exportado, com a carne de frango correspondendo a 97% desse segmento. Este novo mercado soma-se aos outros 14 abertos neste ano, totalizando 93 desde o início do ano passado, durante o terceiro mandato do presidente Lula.
A pedido do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a missão brasileira no Oriente Médio prossegue visitando alguns países com o objetivo de ampliar o comércio agrícola brasileiro, abrir novos mercados, obter aprovações para plantas pelo sistema de pré-listagem (eliminando a necessidade de auditorias locais) e negociar a importação de fertilizantes nitrogenados. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Ainda em Mascate, capital da Omã, com representantes dos Ministérios da Agricultura de ambos os países, os dois lados enfatizaram o interesse em ampliar a cooperação governamental e as parcerias comerciais.
Foram identificadas sinergias entre o plano "Visão 2040" de Omã, que inclui a segurança alimentar, e o programa brasileiro de conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis. Também foram discutidas possibilidades de parcerias nos setores de fertilizantes, açúcar, grãos para alimentação animal, animais vivos, carne de frango e pescados. Outra importante reunião ocorreu com o Ministério do Comércio, Indústria e Investimentos de Omã, que apresentou o programa local que visa ampliar os investimentos em Omã e no exterior, focando na segurança alimentar e no interesse do país em se tornar um hub para a região e, ainda, destacou a neutralidade e estabilidade de Omã, mencionando que o Brasil pode ser um grande parceiro.
O Brasil também enfatizou as boas relações e a complementaridade entre os países, afirmando que o País poderia contribuir ainda mais para a segurança alimentar de Omã e incentivar empresas brasileiras a processarem seus produtos no país, como é o caso das carnes de frango e bovina. Nesse contexto, foi mencionado que o programa de conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis representa uma grande oportunidade para fortalecer essa parceria, incluindo também a possibilidade de aquisição de fertilizantes nitrogenados de Omã. O lado omani acolheu positivamente a ideia e disse que irá auxiliar na construção da estratégia de parceria entre os dois países. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.