19/Feb/2024

Pesquisa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) mostra que na primeira semana de fevereiro o preço do litro de leite pago ao produtor no sul do Estado era 18% menor que em igual período de 2023. A região é a maior produtora, com 17% do total ofertado no Estado. A cotação do produto provavelmente chegou "ao fundo do poço" e deve começar a reagir. Houve uma desaceleração da alta dos custos de produção, iniciada no ano passado.

Já houve um alívio nos preços do concentrado, principalmente farelos de soja e milho, ração e polpa cítrica. E como voltou a chover em fevereiro, a perspectiva é de melhora na produção do milho e da soja, o que deve reduzir as cotações. A forte pressão importadora, que pressionou os preços do leite no mercado interno durante o ano de 2023, também deve ser reduzida, com a mudança no cenário econômico da Argentina, um dos maiores concorrentes do Brasil na produção leiteira.

Quanto ao consumo interno, a gradativa redução das taxas de juros no Brasil deverá ser um incentivo a mais para o aumento do consumo interno do leite e derivados. E, pela lei da oferta e da procura, naturalmente essa maior demanda deve contribuir para elevar os preços recebidos pelos produtores. Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, com 27,1% do total (dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). O segundo Estado no ranking é o Paraná, com 12,9%, e o terceiro, o Rio Grande do Sul, com 11,8%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.