09/Ago/2019

O ano de 2019 vem confirmando as expectativas iniciais de agentes do setor, de exportações brasileiras de carne bovina in natura aquecidas. Em julho, pelo 13º mês consecutivo, os embarques da proteína estiveram acima das 100 mil toneladas, se aproximando do resultado observado entre maio de 2006 e junho de 2007, quando o País manteve as vendas superiores a esse patamar por 14 meses seguidos. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de janeiro a julho deste ano, a quantidade exportada soma 807,78 mil toneladas, um recorde para esse período, sendo 21,5% acima do volume embarcado nos sete primeiros meses de 2018 e 1,47% superior ao verificado de janeiro a julho de 2007 (agora, segundo melhor ano).

Em julho, especificamente, o volume de carne bovina in natura exportado foi de 129,09 mil toneladas, avanço de 15,76% frente a junho/2019, mas com pequena retração de 1,35% frente ao mesmo mês de 2018. Vale lembrar que, em julho do ano passado, as exportações deram um salto sobre o mês anterior, tendo em vista a greve dos caminhoneiros no final de maio, que atrapalhou os embarques em junho/2018. Julho/2019 registrou, também, o melhor desempenho mensal desde novembro do ano passado, quando 130,6 mil toneladas foram exportadas.

A receita, por sua vez, somou US$ 514,78 milhões em julho, alta de 19,5% frente a junho/2019, mas baixa de 19,15% em relação a julho/2018. Em Reais, o faturamento foi de R$ 1,94 bilhão, quase 18% a mais que em junho/2019, mas 20% inferior ao de julho do ano passado, quando o preço pago se aproximava dos US$ 5.000,00 por tonelada e a moeda norte-americana estava em patamar superior ao atual. No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o montante soma US$ 3,089 bilhões, 7,46% a mais que o mesmo período de 2018. Em Reais, o faturamento é de R$ 11,845 bilhões, 18% inferior ao recebido de janeiro a julho do ano passado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.