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08/Feb/2024

Suíno: produção global deve desacelerar em 2024

Segundo o Rabobank, a redução do plantel de matrizes suínas em países asiáticos, principalmente na China, se acelerou nos últimos meses por causa de surtos de peste suína africana (PSA) e margens negativas de criadores. Isso deve resultar em um aumento da oferta no primeiro trimestre deste ano, mas em queda no segundo semestre. Na América do Norte, o plantel de matrizes continua diminuindo por causa de margens mais estreitas, mas esse fator é compensado por ganhos de produtividade. Na Europa, há sinais de que o plantel de suínos em países do noroeste vem se estabilizando após forte contração em 2023. No Brasil, a produção deve continuar aumentando neste ano, impulsionada pela demanda externa, já que o consumo doméstico continua estagnado.

Doenças ainda são uma grande preocupação no mercado global. Embora a propagação da peste suína africana tenha se desacelerado em países asiáticos, ainda não há uma solução eficaz para os surtos recorrentes no curto prazo. Quanto ao consumo mundial de carne suína, o Rabobank espera uma leve melhora em 2024, por causa de preços mais baixos, menor pressão inflacionária e recuperação econômica em algumas regiões. Na China, no Japão e na Coreia do Sul, porém, a demanda em janeiro foi fraca em comparação com níveis históricos. Em relação ao comércio, os volumes de importação devem cair no primeiro trimestre, devido aos amplos estoques nos principais países importadores.

Os ataques a navios comerciais no Mar Vermelho criam incertezas e representam um desafio para exportadores europeus, que precisam de mais tempo e enfrentam custos mais altos para alcançar os mercados asiáticos. Na China, os preços domésticos permaneceram fracos no começo de 2024, atingindo mínima de 12 meses antes de se recuperarem na última semana de janeiro. Os preços em janeiro normalmente são mais altos devido à proximidade do Ano Novo Chinês, mas neste ano foram pressionados por um excesso de oferta por causa da redução do plantel de matrizes, dos amplos estoques de carne suína congelada e da fraca demanda.

Os criadores continuam registrando perdas, que em janeiro chegaram a 200 yuan (US$ 28,00) por suíno. A previsão é de que os preços continuem fracos no primeiro trimestre de 2024 e provavelmente no segundo trimestre, dependendo da recuperação do consumo. No entanto, os preços devem se recuperar em junho/julho. Quanto às importações chinesas, os volumes no primeiro trimestre serão menores em relação aos níveis do segundo semestre de 2023, já que os estoques de carne suína congelada continuam altos. No segundo semestre de 2024, no entanto, as importações deverão aumentar, já que a expectativa é de preços domésticos mais altos devido à menor produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.