08/Feb/2024
O primeiro leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) para o mês de fevereiro, realizado na terça-feira (06/02) apresentou continuidade no movimento de avanço dos preços internacionais dos derivados lácteos, mas agora, mais acelerado. Com uma variação de 4,2% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.571,00 por tonelada, atingindo o maior patamar desde dezembro de 2022. Todas as categorias acompanhadas e negociadas apresentaram reajustes positivos. A manteiga segue em destaque apresentando a maior variação, na ordem de 10,3%, sendo negociada na média de US$ 6.516,00 por tonelada, o maior patamar desde maio de 2022. Os queijos tiveram um reajuste de 6,3%, sendo negociados a US$ 4.469,00 por tonelada. O leite em pó desnatado teve sua maior alta desde junho de 2023, chegando ao valor médio de US$ 2.758,00 por tonelada, 4,6% acima do evento anterior.
O leite em pó integral foi negociado na média de US$ 3.463,00 por tonelada, o maior valor observado desde novembro de 2022, apresentando uma diferença de 3,4% quando comparado ao valor negociado no evento anterior. Quanto ao volume negociado no terceiro leilão de 2024, o movimento de queda se manteve, chegando a um total de 24.836 toneladas negociadas, uma queda de cerca de 0,3% em relação ao evento anterior, sendo este o menor patamar desde julho do ano passado para as negociações. Sobre o mercado futuro do leite em pó integral, o cenário sofreu uma leve alteração. No cenário global de lácteos, o primeiro leilão de fevereiro da GDT apresentou variações positivas nos preços, refletindo a menor oferta global de lácteos para o ano de 2024. Essa perspectiva está associada às menores rentabilidades na produção de leite ao longo de 2023, com desafios significativos enfrentados pena produção dos principais países exportadores de lácteos.
Além do cenário adverso nos principais exportadores, a produção da China (principal comprador de lácteos do mundo) também enfrenta desafios, o que pode incentivar a demanda do país pelo leite importado. É importante destacar que, embora o GDT seja o principal indicador de preços de produtos lácteos em todo o mundo, nos últimos meses, os principais fornecedores do Brasil de produtos lácteos para importação, como a Argentina e o Uruguai, continuam praticando preços superiores aos do GDT, devido à Tarifa Externa Comum (TEC) de 28% para importações de fora do Mercosul. Nesse cenário atual, o aumento dos preços do GDT também deve influenciar na continuidade de altas para os preços do Mercosul, o que tende a tornar as importações mais caras para o Brasil. Todavia, os preços no mercado brasileiro dão sinais de uma sequência de altas nos próximos meses, o que deve manter o preço do produto importado ainda competitivo frente ao nacional. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.