06/Feb/2024

O mercado físico do boi gordo inicia a semana com maior pressão sobre os preços, resultado da oferta superior à demanda. No entanto, o pagamento de salários pode deixar o consumo mais aquecido e limitar essa pressão. O recebimento dos salários deve beneficiar o consumo doméstico, porém, com o feriado do Carnaval, não se espera grandes aumentos nas negociações e os preços devem se manter sob pressão.

A oferta tem crescido mais que a demanda por novos lotes dos processadores e, por isso, os preços têm recuado no mercado de São Paulo. Apesar disso, parcela significativa dos produtores tem resistido a ofertas abaixo da referência pelo boi terminado, ajudados pela melhora do clima. Isso assegura firmeza aos preços. Os bons volumes de chuvas têm favorecido a qualidade das pastagens e melhora o poder de negociação dos pecuaristas frente aos frigoríficos.

A estabilidade predomina na maioria das regiões. Em São Paulo, os frigoríficos estão alinhando compras de gado gordo ao controle de abate e consumo. Mas, o preço está sendo pressionado pelas escalas alongadas (23,1 dias) e a cotação é de R$ 235,00 por arroba a prazo. No Paraná, a cotação é de R$ 231,00 por arroba. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 215,00 por arroba.