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06/Feb/2024

Mercado está atento ao desempenho de frigoríficos

Após as ações de Minerva e Marfrig terem encerrado janeiro em queda de -8,3% e -2,99% na B3, respectivamente, neste mês de fevereiro o principal fator a guiar o comportamento dos títulos dessas e de outras empresas do setor de proteína animal deve ser os desdobramentos da compra, pela Minerva, de ativos da Marfrig na América do Sul. O mercado está na expectativa do desempenho das operações da Minerva depois da incorporação de 16 plantas da Marfrig no ano passado. Caso o negócio se concretize, a Minerva passará a operar mais 16 plantas de abate e desossa, sendo 11 plantas de bovinos no Brasil, 1 na Argentina e 3 no Uruguai, além de 1 planta de cordeiros no Chile e 1 centro de distribuição no Brasil. O negócio foi fechado em agosto do ano passado por R$ 7,5 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão foi pago no momento de assinatura, e R$ 6 bilhões deverão ser desembolsados no fechamento da transação.

A “batida do martelo”, porém, ainda depende de análise e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Analistas entendem que a compra dos ativos da concorrente faz parte da estratégia da Minerva de aprofundar a diversificação geográfica no fornecimento global de carnes e de aprimorar seu acesso aos principais mercados consumidores, especialmente a China. Atualmente, a Minerva dispõe de 33 unidades industriais, distribuídas entre Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Paraguai e Austrália. A Criteria Investimentos avalia que o desempenho negativo da ação da Minerva em janeiro está relacionado com a sua menor liquidez na B3, assim como o resultado do terceiro trimestre de 2023, quando a empresa reportou prejuízo de R$ 26 milhões. A Marfrig caiu menos porque há rumores no mercado de que executivos da própria companhia estariam aumentando sua participação acionária.

A Minerva vem de resultados ruins no terceiro trimestre de 2023, então o mercado não quer arriscar e ver um resultado igual no quarto trimestre de 2023. Caso ela tenha resultados bons, com certeza será o frigorífico que mais vai subir na B3. Entre as outras empresas de proteína animal, as ações da JBS caíram 5,94% em janeiro, com analistas apontando que o resultado acompanhou o desempenho negativo do Ibovespa (que fechou em queda de 4,79%), enquanto a BRF foi a única empresa de proteína animal com alta no mês, de 1,01%. A BRF tem observado uma safra ainda grande para soja e milho, com estoques elevados. Os custos parecem controlados e o período pode seguir sendo benéfico para a empresa neste ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.