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02/Feb/2024

Boi: preços estão oscilando entre regiões pecuárias

O mercado pecuário passa por um daqueles momentos em que a queda de braço entre pecuarista e frigorífico se torna um pouco mais intensa que o normal. Acompanhando essa “disputa”, verificam-se negociações relativamente concentradas num nível mais baixo ou noutro bem mais alto. A diferença se dá principalmente pelas características dos bovinos e pela destinação da carne, se mercado interno ou externo. A distância entre mínimos e máximos é observada em muitas regiões. A média das diferenças entre mínimos e máximos do boi gordo está em R$ 11,72 por arroba. A maior diferença, de R$ 26,71 por arroba, é verificada em São José do Rio Preto (SP), onde o mínimo à vista é de R$ 233,28 por arroba e o máximo, de R$ 260,00 por arroba.

Esta situação eleva o desafio do Indicador CEPEA/B3, que tem, por definição, o objetivo de representar o preço médio de bois com 16 arrobas ou mais, idade até 42 meses negociados no mercado à vista do estado de São Paulo (produto definido no contrato futuro da B3). Na prática, são muitas as categorias de bois que se encaixam nesta definição, e o Indicador do dia, espelhando o mercado, vem a ser calculado com uma gama de valores entre os dois polos, com cada negócio (preço) ponderado pelo volume de bovinos que envolve. Enquanto parte das negociações tem se consolidado abaixo dos R$ 240,00 por arroba outras se mantêm bem acima dos R$ 250,00 por arroba deixando clara a diferenciação entre os bovinos.

Em São Paulo, o preço médio do boi gordo é de R$ 247,20 por arroba, queda de 2% no acumulado do mês de janeiro. No início de janeiro, estava acima de R$ 252,00 por arroba. Os preços oferecidos pelos frigoríficos não têm agradado produtores e geram certo desânimo para a reposição. As escalas de abate relativamente alongadas têm pressionado as cotações, sobretudo para bois destinados ao abastecimento do mercado doméstico. Sem muita possibilidade de segurar os bois no pasto ou no cocho, tendo em vista que eleva os custos, os pecuaristas tradicionais e confinadores vão testando seus limites individuais de viabilidade, tentando regular a oferta.

Entre os frigoríficos, a profissionalização no uso inteligente de dados leva esses compradores a oferecerem diversas possibilidades de negociação aos pecuaristas, dependendo de seu posicionamento em determinado momento e da demanda que precisam atender (prazos, tipo de bovino e volumes). Como resultado, o mercado se caracteriza justamente pela diversidade de situações que coexistem, requerendo de seus operadores, um olhar atento para adoção de estratégias sistêmicas, que tenham como foco não apenas um dos segmentos de negociação, mas esta grande cadeia produtiva. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.