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25/Jan/2024

Suíno vivo: preços recuam na 2ª quinzena do mês

As fortes quedas nos preços do suíno vivo no mercado independente, sobretudo nesta segunda quinzena de janeiro, têm diminuído o poder de compra do suinocultor de São Paulo frente ao milho, um dos principais insumos utilizados na produção suinícola. Por outro lado, a desvalorização verificada para o farelo de soja, outro importante componente da atividade suinícola, é ainda mais expressiva que a observada para o suíno, o que, por sua vez, tem resultado em aumento do poder de compra frente a este derivado. No caso do suíno vivo, janeiro se iniciou com os valores em altos patamares, mas, com o avançar do mês, a liquidez diminuiu e os preços passaram a cair.

A pressão vem da oferta elevada e da demanda final enfraquecida, contexto que afasta os frigoríficos da aquisição de lotes de suínos. Em alguns casos, unidades chegaram a cancelar carregamentos de cargas. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno é negociado à média de R$ 6,84 por Kg na parcial de janeiro, com queda de 2,1% em relação ao valor de dezembro/2023. Em Campinas (SP), o milho é comercializado a R$ 67,13 por saca de 60 Kg na média deste mês, com leve alta de 0,5% frente à média de dezembro/2023. Apesar do pequeno avanço mensal, os preços internos do milho estão perdendo força nestes últimos dias, pressionados pela menor demanda e pela flexibilidade de parte dos vendedores.

Além disso, os valores externos em queda reforçam a pressão sobre as cotações domésticas. Previsões de ampla oferta nos Estados Unidos, a melhora na produção na Argentina e chuvas em regiões produtoras brasileiras influenciam o movimento baixista no mercado internacional. Para o farelo de soja, os compradores estão afastados do spot nacional. Estes demandantes relatam ter estoques para o médio prazo, preferindo aguardar para realizar novas aquisições, na expectativa de adquirir lotes a preços menores nas próximas semanas, devido ao avanço na colheita da soja em grão. Com isso, no mercado de lotes de Campinas (SP), o derivado é negociado à média de R$ 2.233,99 por tonelada, forte queda de 5,7% frente à verificada no mês anterior.

Desta forma, considerando-se o milho comercializado no mercado de lotes em Campinas e o suíno posto no mercado independente na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), neste mês de janeiro, é possível ao suinocultor a compra de 6,12 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno vivo, queda de 2,7% em relação ao adquirido em dezembro do ano passado. Para o farelo de soja, no mesmo período, o produtor consegue comprar 3,06 Kg de farelo, volume 3,6% maior que o registrado no mês anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.