24/Jan/2024

O mercado físico do boi gordo registra nível reduzido de negociações e firmeza no preço na maioria das regiões pecuárias. O ritmo lento reflete postura contida da indústria na aquisição de gado, tanto pela fraca demanda interna como pelas escalas de abate preenchidas. Ressalta-se a continuidade da busca por preços menores por parte dos frigoríficos em algumas regiões, estratégia que tem sido adotada há dias. Isso se dá por oferta acima da necessidade, o que provoca oscilações isoladas no preço do boi gordo. Esse movimento pode ganhar força com a recuperação dos níveis de consumo, embora janeiro seja marcado por baixa procura pela proteína bovina.

Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 240,00 por arroba a prazo, com escalas preenchidas por 17,3 dias. O viés é baixista no Estado. No Paraná, a cotação é de R$ 230,00 por arroba. Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 208,00 por arroba. Um fator de atenção para os pecuaristas é a possibilidade de aumento dos custos de produção, em função da suplementação alimentar dos bovinos, que pode encarecer com a possível redução na produção de grãos ocasionada pelo fenômeno climático El Niño. Há Estados com escalas de abate ainda mais confortáveis, caso de Goiás, de 20,4 dias. Com o nível reduzido do consumo interno e escalas preenchidas, a exportação pode ser fator a movimentar o mercado.