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17/Jan/2024

Lácteos: Laticínio Bela Vista diversificará negócios

Dona da Piracanjuba, uma das marcas de leite que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, o Laticínio Bela Vista faz planos para diversificar seus negócios. A empresa quer se manter na categoria de alimentos, porém, ir para além da sua zona de conforto. A estratégia é uma das primeiras medidas a ser implementada por Luiz Cláudio Lorenzo, o novo presidente da companhia. Ele assumiu o posto desde o início de 2024, substituindo os irmãos e sócios Cesar e Marcos Helou, que comandaram a empresa nas últimas décadas. A pretensão é ampliar o escopo de atuação. Essa diversificação dos negócios pode ocorrer tanto de uma maneira orgânica, quanto por meio de aquisições. O foco estará na saudabilidade. A empresa mantém em sigilo os setores alvo.

Apesar do interesse na diversificação, o laticínio não vai abrir mão da sua principal fortaleza. A companhia espera inaugurar no início de 2025 a maior fábrica de queijos do Brasil, que está sendo construída em São Jorge d’Oeste (PR), com investimentos da ordem de R$ 80 milhões. A nova unidade vai ampliar em quase 15% a capacidade de processamento de leite da Bela Vista. Dos atuais 7 milhões de litros por dia, a companhia terá instalada uma capacidade para 8 milhões de litros por dia. Outra medida a ser implementada é profissionalizar a gestão da companhia, que se manteve familiar desde o início. A migração dos irmãos Helou do dia a dia para o conselho consultivo recém criado é um primeiro passo nesse sentido. A ideia é reforçar a governança da Bela Vista, preservando a cultura desenvolvida ao longo dos anos e garantindo a longevidade do grupo.

Os sinais enviados pelo executivo são manter a companhia como consolidadora no mercado. Desde 2023, a companhia vem se preparando para acessar o mercado de capitais. Um IPO não está descartado, porém, a empresa não tem trabalhado com essa possibilidade. Do ponto de vista do mercado, há cautela e não se espera por uma retomada no consumo no curto prazo. Ainda não é possível medir os impactos que as medidas fiscais anunciadas pelo governo terão ao longo das cadeias produtivas. No Brasil e no mundo, os lácteos e todas as commodities têm sofrido com a queda dos preços, em um movimento de acomodação, após o período de pandemia. Porém, a demanda segue reprimida no Brasil, diante do alto grau de endividamento das pessoas. Em 2023, o faturamento da companhia teve um crescimento de 8% e a expectativa é manter uma taxa anual de expansão da ordem de 10%. Fonte: Infomoney. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.