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30/Jul/2019

Suíno: aumento limitado na exportação brasileira

O Rabobank prevê crescimento limitado das exportações de carne suína no Brasil nos próximos meses, apesar do momento favorável em decorrência do avanço da peste suína africana (PSA) na Ásia, especialmente na China, e dos baixos custos do milho com a 2ª safra de 2019 recorde no País. Em relatório trimestral sobre o mercado de carne suína, o banco diz que isso ocorre porque muitos produtores brasileiros não dispõem de capital suficiente para investir no aumento de produção. Além disso, também têm dúvidas sobre o potencial que o avanço da peste representaria para um aumento estrutural na demanda. Por fim, o produtor também ainda não teria se recuperado totalmente dos baixos preços de carne suína no ano passado causados pelo embargo da Rússia.

Em contrapartida, o volume das exportações do País aumentou 25% no primeiro semestre de 2019, impulsionado pela China e pela Rússia, e que os preços locais subiram 21% no período. Além disso, há esperanças de aumento no consumo interno do País com a aprovação de reformas econômicas, o que ajudaria a sustentar os preços locais no segundo semestre. A estimativa é de que o rebanho de suínos na China tenha tido perdas anuais de mais de 40%, podendo chegar a 50% até o fim deste ano. A produção do país asiático deve ter queda menor em decorrência do uso de estoques. A projeção é de recuo de 25% neste ano. Tanto o rebanho quanto a produção devem cair entre 10% e 15% em 2020.

Em decorrência disso, os preços na China já estão subindo: estão 40% mais altos do que no mesmo período do ano passado. Em decorrência da maior demanda chinesa, as chances de o país remover tarifas da carne suína dos Estados Unidos estão aumentando, mesmo em meio à disputa comercial entre os dois países. Embora os volumes de exportação de carne suína estejam aumentando globalmente, muitos países exportadores mantêm cautela e têm dificuldades de aumentar a produção. Por isso, a expectativa ainda é de oferta curta e preços firmes em 2020. A exceção são os Estados Unidos, que devem aumentar sua produção em decorrência de clima favorável e melhor saúde dos rebanhos. A produção norte-americana no segundo semestre deste ano deve ter incremento de 5,3%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.