25/Jul/2019

Os custos de produção da pecuária de corte brasileira registraram alta no primeiro semestre de 2019. De janeiro a julho, o COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária de corte subiu 2,12%, na “média Brasil” (que considera os estados do Acre, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins). No mesmo período de 2018, a alta havia sido de 1,58%. Ainda assim, a elevação no custo verificada na primeira metade de 2019 está abaixo da inflação (IGP-DI) do mesmo período, que foi de 4,39%.

Dentre as etapas de produção da pecuária de corte, a que registrou a maior alta nos custos de produção para o período foi a recria engorda. O COE das propriedades que recriam e terminam os bovinos subiu 5,35% no primeiro semestre de 2019. O principal grupo de insumo que influenciou esse aumento foi a aquisição de bois, que registrou elevação acumulada de 4,26% no período. Vale lembrar que a compra de bovinos representa, na média, 65% dos desembolsos dos invernistas.

Do lado da receita, na “média Brasil”, houve queda de 1,19% no preço de comercialização dos bois gordos. Para as propriedades que atuam na atividade de cria, os custos no primeiro semestre de 2019 tiveram pequeno avanço de 1,89% na “média Brasil”. O aumento foi influenciado principalmente pelos acréscimos dos custos com a mão de obra e medicamentos, que subiram, respectivamente, 1,66% e 1,98% no período. No acumulado parcial do ano, as receitas das propriedades de cria tiveram aumento de 7,82%, ampliando as margens dos criadores. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.