25/Jul/2019

Após quatro meses de valorizações contínuas, os preços da carne suína estão em queda. O movimento baixista está associado a menor procura por parte da indústria. Diante dos casos de Peste Suína Africana (PSA), registrados principalmente na Ásia, as plantas frigoríficas brasileiras exportadoras ampliaram com força as compras do suíno vivo nos últimos meses. No entanto, apesar de o desempenho das exportações de carne suína ter sido favorável no correr deste ano, os agentes tinham a expectativa de vendas ainda maiores. Nesse cenário, em julho, o ritmo de compras dos frigoríficos diminuiu, pressionando as cotações tanto do suíno vivo como da carne suína.

No mercado de carnes, as quedas nos preços também são significativas no acumulado do mês. Em São Paulo, no atacado, as carcaças comum e especial têm média de R$ 7,54 por Kg e R$ 7,82 por Kg, respectivamente, valores 3,5% e 4,2% abaixo dos registrados em 28 de junho. Quanto ao mercado externo, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontam que as exportações brasileiras de carne suína in natura somaram 43 mil toneladas nos primeiros 15 dias úteis deste mês, com faturamento de US$ 99,3 milhões. No período, o volume diário de embarques foi de 2,87 mil toneladas, 2,1% abaixo do registrado em todo o mês de junho, quando foi de 2,93 mil toneladas, o maior patamar alcançado neste ano. No comparativo com julho/2018, atualmente o ritmo das exportações está 10,6% maior.

Caso a média diária das vendas ao front externo registrada na parcial de julho se mantenha até o final do mês (23 dias úteis), o Brasil pode exportar 65,94 mil toneladas da proteína, alta de 18% em relação às exportações realizadas em junho (19 dias úteis), que somaram 55,7 mil toneladas. Na parcial do mês, o preço pago no mercado externo pela carne suína brasileira é de US$ 2,31 por Kg, praticamente estável (+0,3%) em relação ao mês de junho. Com a taxa de câmbio a R$ 3,78 na média de julho (até o dia 23), os exportadores estão recebendo R$ 8,73 por Kg pela venda da carne, decréscimo de 2% frente ao mês anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.