22/Jul/2019

A pressão sobre os preços do boi gordo continua. A demanda interna por carne bovina segue fraca por causa da segunda quinzena do mês e, além disso, os frigoríficos conseguiram alargar suas escalas de abate. Em posição confortável, eles foram ao mercado indicando preços mais baixos, o que reduz a liquidez. Agora, os participantes ficarão atentos à oferta de bovinos e a uma eventual resposta da China após a inspeção em quatro frigoríficos brasileiros de aves e suínos, que foi feita por videoconferência na sexta-feira (19/07).

Por causa das amplas escalas e das expectativas de consumo lento até o fim do mês, os negócios estão travados no mercado spot. Há expectativa, entretanto, de que a oferta deve cair a partir desta semana, ficando restrita no curto prazo, antes da chegada de um volume maior de gado confinado. Uma possível consequência disso seria que, na virada do mês, os preços da arroba fiquem mais firmes em decorrência do aumento de consumo que costuma ocorrer.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 152,50,00 por arroba à vista e entre R$ 154,50 e R$ 156,00 por arroba a prazo. O consumo enfraquecido e a dificuldade de escoamento da carne bovina ajudam a manter o mercado calmo. A liquidez dos negócios está menor. No atacado, os cortes traseiro, dianteiro e ponta de agulha registram queda, para R$ 11,50 por Kg, R$ 8,80 por Kg e R$ 8,80 por Kg, respectivamente. Os motivos são: baixa demanda interna, maior oferta junto às indústrias e queda nos preços de proteínas concorrentes.