ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

28/Jun/2019

Boi: preços sustentados com a demanda aquecida

Os preços do boi gordo devem se manter firmes nos próximos dias com a necessidade de frigoríficos esticarem suas escalas de abate em um momento de baixa oferta de boiadas. Além disso, na virada do mês, a demanda costuma ficar mais aquecida em decorrência do pagamento dos salários. A perspectiva para o curto prazo é de que o mercado siga firme. Na segunda metade de junho, a referência da arroba cresceu, em média, 1,2% nas regiões produtoras. Trata-se de uma recuperação das cotações que sofreram baixa em função da suspensão de carne bovina brasileira pela China. As perspectivas para a exportação de carne bovina são positivas.

O Brasil deve exportar entre 2,45 milhões de toneladas e 2,55 milhões de toneladas equivalente carcaça, o que representaria um recorde histórico e aumento de 12% a 14% em relação a 2018. O caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) registrado em Mato Grosso, que levou a uma interrupção temporária nas vendas de carne bovina para a China, não alterou as previsões.

Isso porque o período foi curto e a expectativa é de que a China possa comprar ainda mais proteína animal brasileira em decorrência da peste suína africana (PSA), que assola plantéis do país. Os efeitos da alta de preços do milho na pecuária podem não ser tão impactantes em prazos mais longos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 154,50 por arroba à vista e entre R$ 156,50 e R$ 158,00 por arroba a prazo. As escalas seguem curtas e não chegam a atender a toda primeira semana de julho, o que traz a possibilidade de nova rodada de altas. No atacado, os preços permanecem estáveis e há possibilidade de alta na primeira quinzena de julho, pois a oferta de produto está menor.