21/Jun/2019

O forte ritmo das exportações brasileiras de carne suína na parcial de junho segue elevando o valor da proteína no mercado doméstico. No front externo, a carne exportada pelo País nos 10 primeiros dias úteis deste mês teve leve valorização frente ao preço que era praticado em maio. Porém, o arrefecimento da taxa de câmbio diminuiu o valor em Reais recebido pelos exportadores. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína, que tem padrão para exportação, é negociada ao preço médio de R$ 7,54 por Kg na parcial deste mês, 11,2% acima do valor praticado em maio/2019.

Quanto à carne in natura exportada, os dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que a proteína está sendo escoada a US$ 2,29 por Kg. Com a taxa de câmbio a R$ 3,87 na parcial de junho, esse valor é equivalente a R$ 8,85 por Kg. No comparativo com o mês anterior, atualmente, a cotação em dólar está um pouco superior (0,9%), mas, em Reais, houve decréscimo de 2,4%.

Diante dessas movimentações, a diferença entre os preços da carne exportada e da comercializada no País estreitou-se. Enquanto em maio a proteína embarcada era R$ 2,28 por Kg mais cara do que a vendida internamente, na parcial de junho, essa diferença diminuiu para R$ 1,31 por Kg. Vale lembrar que, no mês passado, a carne suína foi exportada a R$ 9,06 por Kg; a carcaça especial, no atacado de São Paulo, era negociada a R$ 6,78 por Kg; e a taxa de câmbio registrou média de R$ 4,00.

Apesar de o valor recebido pela carne vendida ao front externo estar mais próximo do praticado no mercado brasileiro, a atratividade das exportações continua bastante elevada. Se comparado a junho/2018, na parcial deste mês, os exportadores estão recebendo 20% a mais, em termos nominais. As agroindústrias brasileiras que não são habilitadas para exportação estão sentindo os reflexos negativos do encarecimento da carne, uma vez que isso diminui a liquidez nas redes atacadistas e varejistas do Brasil. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.