18/Jun/2019

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os preços de exportação da carne suína brasileira para a China cresceram mais de 100% entre janeiro e março. A proteína brasileira exportada para China custava pouco mais de US$ 1,50 por Kg em janeiro. Em março, o valor já se aproximava dos US$ 3,50 por Kg. Antes da crise da peste suína africana (PSA) na China, o Brasil exportava basicamente partes congeladas de suínos de baixo valor comercial para os chineses. A partir do segundo semestre de 2018, contudo, começaram a faltar cortes nobres no mercado chinês, e o País passou a suprir parte dessa demanda.

Isso explica a evolução do preço da carne suína brasileira. Porém, o volume de exportações de carne suína para a China não seguiu a mesma tendência dos preços. Isso ocorreu devido à estratégia de abate antecipado de suínos e matrizes que alguns abatedouros chineses adotaram para evitar que a doença atingisse seus plantéis. Assim, o mercado chinês teve aumento de estoques de cortes menos nobres no segundo semestre e diminuiu o volume total de importação.

A partir de janeiro, quando os estoques gerais de carne suína na China começaram a baixar, o volume das exportações brasileiras voltou a crescer. O crescimento das exportações de carne suína para a China é uma oportunidade para os suinocultores brasileiros. Porém, esse cenário é temporário. Quando a China conseguir recuperar sua capacidade produtiva, os volumes exportados podem voltar aos patamares históricos. Além disso, o Brasil tem se beneficiado do conflito comercial entre a China e os Estados Unidos. Caso essa situação seja contornada pelos dois países, no entanto, a proteína brasileira voltará a ter um forte concorrente. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.