11/Jun/2019

Após uma semana de queda expressiva na arroba do boi gordo no mercado físico, há dúvidas sobre o quanto os frigoríficos terão poder de pressionar os preços. A intensidade da desvalorização da arroba vista na semana passada é questionável, pois a oscilação foi considerada especulativa. A queda expressiva não traduz os fundamentos do mercado, mas sim o fato extemporâneo, que é a suspensão das vendas de carne bovina para a China.

Unilateralmente, o Ministério da Agricultura suspendeu temporariamente, na semana passada, os embarques de carne bovina para a China em função do caso atípico de vaca louca registrado em Mato Grosso. O mercado segue registrando baixa liquidez, com indústrias recuadas e analisando os dados de consumo de carne. É possível que o preço no físico comece a se recuperar mesmo sem que seja anunciada a retirada do embargo às exportações para a China. Vai depender do quanto o produtor irá reter os bovinos no campo.

A capacidade de suporte dos pastos será cada vez menor, em função do avanço da estação seca do ano. O baixo volume de negócios complica a situação da tendência baixista, já que, em geral, as indústrias frigoríficas seguem com escalas curtas de abate. Na próxima semana, pode haver mudanças no atual cenário de preços, com viés altista para o mercado. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 148,50 por arroba à vista e entre R$ 150,50 e R$ 153,00 por arroba a prazo. No atacado, a carcaça casada de boi castrado está cotada a R$ 9,84 por Kg.