07/Jun/2019

Ainda inseguros com o cenário traçado pela suspensão das vendas de carne bovina para a China, os frigoríficos começam a voltar ao mercado físico para remontar as escalas de abate, agora mais curtas, mas indicam valores abaixo das referências. Por isso, o volume movimentado é baixo, com o produtor vendendo apenas o necessário. A retomada das exportações para a China deve trazer de volta o suporte à arroba. A expectativa é de que a suspensão seja temporária.

A perspectiva de perda temporária do mercado chinês tem um efeito ainda maior porque eram as vendas para o exterior que davam suporte no Brasil, já que o consumo interno é fraco por causa do alto desemprego e da recuperação econômica lenta. A receita em reais com exportações no acumulado dos cinco primeiros meses do ano é recorde para o período, também impulsionada pela cotação do dólar e pelo aumento do preço médio da tonelada. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 152,00 por arroba à vista e R$ 154,00 por arroba a prazo. As programações de abate giram em torno de seis dias.