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06/Jun/2019

Suíno: receita com exportações tem forte avanço

Com a queda na produção de suínos na China, devido aos casos de Peste Suína Africana (PSA), o país vem aumentando o volume importado das proteínas brasileiras. Considerando-se especificamente a carne suína in natura, em maio, a receita em Reais auferida pelos exportadores foi a maior da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em outubro de 2002. Três fatores contribuíram para o resultado recorde em maio: maior volume embarcado, valorização da proteína e alta do dólar. Segundo a Secex, o Brasil exportou 58,1 mil toneladas de carne suína in natura em maio, o maior volume desde agosto/2017, quando as vendas totalizaram 58,9 mil toneladas. O resultado de maio também representa avanços de 14% frente ao de abril e de 41% em relação ao de maio/2018.

O volume alcançado no mês passado esteve atrelado ao bom ritmo diário de embarques: enquanto nos 21 dias úteis de abril a média foi de 5,3 mil toneladas, nos 22 dias úteis de maio foi de 6 mil toneladas, altas de 14% frente ao mês anterior e de 50% na comparação com maio/2018. Em relação ao preço pago pela proteína brasileira, houve alta de 5% de abril para maio, a US$ 2,27 por Kg no último mês. Em relação a maio/2018, a carne exportada está 11% mais cara atualmente, em termos nominais. Em moeda nacional, o valor corresponde a R$ 9,06 por Kg.

Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína, que tem padrão para exportação, foi vendida a R$ 6,78 por Kg em maio. Vale lembrar que o preço mais elevado da carne que é exportada aumenta a atratividade para que a produção brasileira seja destinada ao mercado internacional. O montante gerado com as exportações de carne suína in natura em maio, por sua vez, foi de US$ 131,6 milhões, superando em 19% aquele alcançado em abril e em 58% o valor de maio/2018. Considerando-se a receita em Reais, o incremento nos ganhos foi ainda mais significativo, de 22% no comparativo mensal e de 73% no anual.

Em maio, a receita em moeda nacional foi recorde de R$ 526,32 milhões. Quanto ao dólar, teve média de R$ 4,00 em maio, contra R$ 3,90 em abril. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína registra valorização de 2,4% nos últimos sete dias, negociada a R$ 7,27 por Kg. O preço da carcaça comum é de R$ 6,95 por Kg, avanço de 2,1% no mesmo comparativo. As valorizações da carne suína, que é utilizada como insumo na preparação de embutidos, não têm sido repassadas na mesma intensidade aos subprodutos, uma vez que eles têm maior valor agregado e preços ainda maiores não são facilmente absorvidos pelos consumidores. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.