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04/Jun/2019

Boi: Brasil acerta ao suspender exportação à China

O Ministério da Agricultura tomou uma decisão, considera acertada, ao suspender temporariamente as exportações de carne bovina para a China. A medida é uma prova de boa vontade e acerto da pasta na conduta relativa aos procedimentos que devem ser tomados em relação à encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou mal da vaca louca. Além disso, cumpre exigência dentro do acordo sanitário assinado pelos dois países. O país de origem do problema deve suspender as exportações até que a situação seja esclarecida. É uma atitude normal e até esperada. Demonstra que o sistema de inspeção sanitária do Brasil está funcionando e sendo extremamente rigoroso.

No dia 31 de maio, o Ministério da Agricultura confirmou o caso atípico de EEB em um bovino de Mato Grosso, comunicando oficialmente o fato à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Ainda naquele dia, enviou documento aos frigoríficos brasileiros habilitados a exportar para a China comunicando a suspensão temporária dos embarques da proteína animal. Em termos de mercado, entretanto, não se trata de uma notícia boa. O caso de EEB surgiu há poucos dias e, a partir daí, há dúvidas sobre o que os países importadores podem fazer. Será preciso aguardar os desdobramentos mercadológicos. Há, também, a possibilidade de mercados que estavam para se abrir adiarem a abertura, como a Indonésia.

Porém, o embargo temporário deve ser resolvido rapidamente, pois a China passa por um momento delicado com a peste suína africana (PSA), que vem dizimando plantéis de suínos na Ásia e obrigando o país a importar mais proteína animal para alimentar a população. Quanto à possibilidade de grandes frigoríficos direcionarem suas exportações para a China a partir de unidades instaladas em outros países, é possível, mas há restrições. É necessário ver se as plantas instaladas em outros países já produzem os cortes bovinos que a China compra, o que nem sempre acontece. A China, por exemplo, não adquire bovinos com mais de 2 anos de idade e isso tem de ser respeitado por qualquer frigorífico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.