27/Mai/2019
A garantia de oferta de boiadas gordas em um período mais fraco de consumo no mercado doméstico permite a frigoríficos pressionar os preços da arroba. Em algumas regiões, eles até conseguem impor recuos, pois a possibilidade de uma reação da demanda por carne bovina antes da virada do mês, quando são pagos os salários, é vaga. Mas, em outras regiões, nas quais a chuva ainda dificulta o transporte em certas áreas, formar lotes não é tão fácil e os preços da arroba do boi gordo se mantêm. Outro fator a segurar os valores de referências em estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul é a procura por lotes de bovinos com padrão exportação. Para estes lotes, a indústria chega a pagar até R$ 5,00 por arroba a mais.
Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 154,00 por arroba à vista e a R$ 156,00 por arroba a prazo. No Estado, as programações de abate atendem, em média, cinco dias, mas exportadores, em especial os que preparam produto para despachar para a China, seguem atuantes e pagam até R$ 5,00 por arroba acima da referência. Em Mato Grosso do Sul, a indicação está entre R$ 141,00 e R$ 144,00 por arroba. Em Mato Grosso, o volume de negócios é baixo, após o aumento nas escalas dos frigoríficos. Em Goiás, a demanda por bovinos terminados é calma, forçando desvalorização do boi gordo. A cotação está entre R$ 137,00 e R$ 138,00 por arroba à vista e a R$ 140,00 por arroba a prazo. Nos últimos sete dias, a queda em Goiás é de 1,4%.