23/Mai/2019
Em seu primeiro Food Outlook de 2019, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que a produção mundial das três principais carnes em 2019 sofrerá recuo inferior a 0,5% em relação ao ano anterior, mas será 1,3% superior à registrada em 2017. Essa queda só afeta a carne suína e está sendo determinada pelo surto de peste suína africana (PSA) que vem afetando a China (45,6% da produção mundial em 2018) e diversos países asiáticos.
Mas, enquanto previsões diversas estimam que a produção da China deve recuar até mais de 20%, a FAO projeta queda de pouco mais de 10% (de 54,969 milhões de toneladas em 2018 para 49,125 milhões de toneladas em 2019). Em todo continente asiático (55% da produção mundial) a redução prevista não chega a 9%. As aves (principalmente o frango) serão as principais supridoras da lacuna prevista. Sua produção neste ano deve aumentar 3%, o que, ocorrendo, elevará a participação das carnes avícolas na produção mundial das três carnes de 39% para 40,7%.
A participação da carne suína deve cair de 38,4% para 36,6%. De toda forma, nos anos analisados (2017, 2018 e 2018), as carnes avícolas já lideram a produção mundial. A única grande diferença que é que o volume adicional em relação à carne suína sobe de 2% (2017) para 11% em 2019. No tocante às exportações, que devem aumentar 5% este ano, a maior expansão recai sobre a carne suína (+8,3% ou 700 mil toneladas adicionais). Deste adicional, estão reservadas para o Brasil mais de 200 mil toneladas, o que fará as exportações brasileiras de carne suína crescerem um quarto neste ano. Fonte: Avisite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.