16/Mai/2019
O mercado físico do boi gordo começa a apresentar maior movimentação. A situação é favorável aos frigoríficos, que têm recebido boiadas a termo e bois de propriedades que já não dispõem de pasto suficiente para engorda. Com isso, apesar dos preços ainda firmes da arroba, a tendência nos próximos dias é de queda, provocada também por outro fator determinante: indústrias estão com escalas completas praticamente até o fim do mês, reduzindo suas necessidades de compra. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 154,00 por arroba à vista e entre R$ 156,00 e R$ 157,00 por arroba a prazo, recuo de 1% desde o início desta semana.
Porém, apesar do déficit de bois gordos no Estado, mesmo com a seca nos pastos, tem-se observado um maior descarte de vacas, oferta que tem sido absorvida pelos frigoríficos a preços mais baixos. No Paraná, a oferta também é restrita. O preço médio do boi gordo registrou alta de 0,35% no mês de abril, em comparação a março, chegando a R$ 151,09 por arroba. O aumento foi atípico, pois ocorreu durante o pico da safra do boi gordo, entre março e abril, quando os pecuaristas concentram a venda de bovinos terminados. Essa valorização ocorreu por vários fatores, entre eles a oferta restrita de bois terminados, acréscimo nas exportações de carne bovina e um leve aquecimento na demanda interna pela carne bovina.
Movimentos de alta mais significativos nessa cotação, porém, podem ser restringidos pela lentidão na recuperação econômica e pelo baixo poder de compra da classe consumidora. A cotação atual no Estado é de R$ 148,00 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 147,50 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de 142,00 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo é negociado entre R$ 136,50 e R$ 144,00 por arroba à vista, a depender da região do Estado. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 141,00 por arroba a prazo e no Maranhão, a R$ 146,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado se mantém estável a R$ 10,18 por Kg. As exportações de carne bovina têm contribuído para manter estáveis os preços dos cortes bovinos.