07/Mai/2019
A ministra Tereza Cristina acredita que o Brasil tem oportunidade de ampliar o número de plantas frigoríficas autorizadas a exportar para a China, que já perdeu pelo menos 20% do rebanho de suínos com surto da peste suína africana. Porém, destacou que o setor de produção de carne nacional deve estar unido. Ela afirmou que, para o setor de carnes, o momento é ideal. Essa abertura de mercado se dará, mas com responsabilidade, maturidade e não acontecerá de uma vez. O Brasil tem 79 plantas de frigoríficos com possibilidade de serem habilitadas para exportar para a China. Em visita no ano passado, técnicos chineses vistoriaram 11 frigoríficos. Desses, 1 foi reprovado e 10 tiveram de fornecer informações adicionais.
Agora, a China solicitou ao Brasil a lista dos estabelecimentos autorizados a vender para a União Europeia, que totalizam 33. Além dessa lista, a comitiva brasileira levará dados sobre estabelecimentos inspecionados, mas que não são habilitados para a União Europeia; lista de produtores de suínos habilitados para outros mercados exigentes como Estados Unidos e Japão e produtores de bovinos, aves e asininos habilitados para outros mercados exigentes com exceção da União Europeia. Tereza Cristina voltou a defender que a adoção do autocontrole pelas empresas para que o País consiga ampliar as exportações e alcançar mercados de países com controle rigoroso.
No sistema de autocontrole, o empresário fica responsável pela qualidade do produto que fabrica e comercializa, e o Estado fiscaliza. Ela acredita que se o Brasil não tiver o sistema do autocontrole, não será possível atender ao mercado. As ações terão de ser conjuntas entre o setor público e o setor privado. A única maneira que o Brasil tem de aumentar e de exportar com a agilidade que a iniciativa privada precisa é com responsabilidade, mas é preciso mudar o sistema, senão não haverá condições de atender todas as demandas. O mercado chinês não é o único que o Brasil tem que manter e aumentar. O setor não pode ficar na mão de um só mercado, afirmou a ministra. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.