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06/Mai/2019

Boi: Mapa está surpreso com críticas da Abrafrigo

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se disse "perplexa" com a nota da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que acusou o Ministério da Agricultura de privilegiar grandes frigoríficos na nova lista de pedidos de habilitação para exportar carne bovina à China. A entidade afirmou que as grandes indústrias estariam sendo beneficiadas pela Pasta por causa da inclusão de um novo critério, concentrando ainda mais o mercado de exportação. O novo critério seria a exigência de que as 24 empresas da lista já devem estar exportando também para a União Europeia, o que não existia antes, segundo a Abrafrigo.

Tal exigência excluiria, automaticamente, várias pequenas e médias agroindústrias, que se prepararam para as inspeções chinesas, mas não exportam para a União Europeia. O secretário de Comércio e Relações Internacionais acrescentou que conversou pessoalmente com os dirigentes da Abrafrigo. Segundo ele, a China estaria disposta a inspecionar primeiro os questionários dos estabelecimentos que já têm habilitação para União Europeia.

Ele afirmou que o ministério não se pauta por interesse de empresas e sim pelo interesse nacional. Serão entregues quatro listas de empresas frigoríficas candidatas à habilitação para os chineses e que isso será apenas o início da negociação, e não o fim. A ministra Tereza Cristina ressaltou que o momento atual significa uma boa oportunidade para o Brasil ampliar mercados na China no setor de proteína animal, por causa do surto de peste suína africana enfrentado pelo país asiático.

A doença reduziu a oferta doméstica de carne suína. Há espaço para colocar a proteína animal do Brasil à disposição da China, mas para isso é preciso ter estratégia. O governo brasileiro vai à China para discutir e mostrar o serviço sanitário, mas a parte comercial não diz respeito ao governo, ressaltou a ministra. Por outro lado, ela admitiu que o surto de peste suína africana na China também traz preocupação em relação à exportação de grãos brasileiros para o país asiático, pois os chineses importam soja para fazer ração animal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.