26/Abr/2019
A aproximação do mês de maio e, com isso, do período de seca na Região Centro-Sul do País, faz com que pecuaristas comecem a liberar lotes maiores de boiadas para os frigoríficos. A falta de chuvas e a redução da luminosidade diária já comprometem a massa verde dos pastos em algumas regiões, diminuindo a capacidade de suporte. Assim, com maior oferta de boiadas, o preço da arroba pode ceder nos próximos dias. Os frigoríficos têm conseguido ajustar os estoques sem a necessidade de pagamentos acima das referências, o que estabelece maior equilíbrio nas cotações.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 157,00 por arroba à vista e entre R$ 158,00 e R$ 160,00 por arroba a prazo. Um possível aumento da oferta de boiadas depois do feriado do Dia do Trabalho (1º/5) pode causar queda nos preços da arroba. Apesar das escalas de abate entre as indústrias ainda se mostrarem variadas, cresce o número de plantas que possuem uma programação para atender a compromissos até o começo do mês que vem. Desta forma, um fator que influenciará o mercado físico é o desempenho do atacado e do varejo na composição de estoques para o Dia das Mães (12/5), data importante para o consumo de carnes.
Em Mato Grosso, Estado detentor do maior rebanho do Brasil, houve aquecimento na demanda por bovinos em determinadas regiões. No entanto, os preços registram recuo. A tendência é de que o Estado tenha situação semelhante à verificada em São Paulo, onde os pecuaristas começaram a ofertar volumes maiores de bois, favorecendo as programações de abate dos frigoríficos. A cotação é de R$ 141,00 por arroba à vista e R$ 143,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o viés negativo afeta os cortes traseiros, cotados a R$ 11,70 por Kg. O dianteiro segue estável a R$ 9,40 por Kg.