23/Abr/2019
Os participantes do mercado físico do boi gordo tendem a monitorar o ritmo do consumo doméstico de carne bovina nesta última semana de abril, antes de definirem as estratégias de compra de gado. Na ponta da oferta a situação é mais diversa: há restrição na disponibilidade de bovinos terminados em algumas regiões e folga em outras, o que levou a queda de preços da arroba durante a última semana. Se o mercado do boi gordo se mantiver relativamente firme esta semana, o cenário pode ganhar força com a virada de mês.
Além da demanda por carne ser sazonalmente mais aquecida na primeira semana de maio, haverá o feriado do Dia do Trabalho (1º/05) e a compra de bois prevista para abastecer os estoques no Dia das Mães (12/05). Por enquanto, segue a pressão em São Paulo, justamente pelo consumo enfraquecido durante a segunda quinzena deste mês e o fato de a oferta ter sido suficiente para suprir a demanda. O boi gordo está cotado a R$ 156,50 por arroba à vista e entre R$ 157,50 e R$ 160,00 a prazo.
Nas regiões onde a indústria encontra dificuldade em preencher as escalas de abate e reabastecer os estoques para o final do mês, os preços registram alta, como em Minas Gerais, onde o boi gordo está cotado a R$ 148,00 por arroba à vista e R$ 149,50 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o desempenho do consumo interno também deverá determinar o andamento dos preços nesta semana. Nos últimos dias, os cortes de menor valor agregado têm sido os mais buscados pela população. Com isso o traseiro segue cotado a R$ 11,90 por Kg, o dianteiro a R$ 9,70 por Kg e a ponta de agulha a R$ 9,00 por Kg.