12/Dec/2025
Os contratos do açúcar demerara na Bolsa de Nova York devolveram os ganhos exibidos no início da sessão e fecharam em baixa nesta quinta-feira (11/12). O vencimento março caiu 6 pontos (0,40%), e fechou a 14,85 centavos de dólar por libra-peso. O movimento negativo foi influenciado principalmente pelo forte recuo do petróleo. O WTI chegou a desabar mais de 2% e atingiu a mínima de sete semanas, pressionando os preços do etanol.
Esse cenário incentiva as usinas a direcionarem um volume maior de cana-de-açúcar para a produção de açúcar, aumentando a oferta global da commodity e pesando sobre as cotações. Os preços chegaram a operar em alta, sustentados pela percepção de que o mercado vinha encontrando um piso técnico e fundamental. As cotações atuais se aproximam do custo de produção das usinas brasileiras, o que tem servido como suporte. Executivos têm alertado que preços abaixo desse nível tornam a operação insustentável a longo prazo.
Esse fator alimenta a visão de que, caso os preços sigam deprimidos, o mix produtivo do Centro-Sul pode migrar mais para o etanol na próxima safra. Ainda assim, o quadro fundamental de curto prazo permanece desafiador. A oferta abundante na Ásia continua como vetor baixista: a produção da Índia avançou 43% nos dois primeiros meses da safra, atingindo 4,1 milhões de toneladas. No Brasil, os dados mais recentes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) indicaram que a produção acumulada do Centro-Sul está 2% acima do ciclo anterior.