05/Dec/2025
A conferência da ONU sobre mudanças climáticas em Belém terminou, mas não as atribuições e responsabilidade de presidência brasileira da COP30. Manter aceso o debate sobre combustíveis fósseis é uma das prioridades da presidência brasileira até novembro de 2026, quando a missão será entregue aos sucessores Turquia e Austrália. O tema é bastante complexo, envolve a viabilidade econômica e empregos de países ricos, como a Arábia Saudita, mas também de nações em desenvolvimento, como o Suriname, e quase motivou uma ruptura das discussões na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém no mês passado. "Combustível fóssil é tema político e não há consenso", afirmou Ana Toni, diretora executiva da COP30.
Mas, é importante dizer que houve um ganho político impressionante nessa COP. Todo mundo voltou a falar do grande motivo da mudança do clima, que é combustível fóssil. Um dos primeiros passos da iniciativa proposta pela presidência brasileira de seguir com o debate envolvendo o mapa sobre redução dos combustíveis fósseis será reunir representantes dos setores de petróleo, energias renováveis e outras associações internacionais para definir caminhos. Não existe uma solução "bala de prata" para a descarbonização da economia global. São necessários diferentes caminhos. O problema é a decisão política. O modelo de desenvolvimento até hoje foi baseado nos combustíveis fósseis.
O retrocesso da legislação antidesmatamento (EUDR) da combativa União Europeia não significa que a política climática internacional está enfraquecida. A lei europeia foi estabelecida sem a discussão necessária. O adiamento da entrada em vigor para o fim de 2026 irá contribuir para esse debate mais amplo entre os europeus, que não conseguiram se adequar ao rigor da nova lei. A presidência da COP30 encerrou as duas semanas de conferência com sensação de deve cumprido, 29 documentos aprovados por consenso e alguns outros ganhos. O Brasil mostrou que o tema do clima fala muito sobre desenvolvimento e economia. A relação entre comércio global e clima foi pautada pela primeira vez na história das COPs. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.