ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Nov/2025

Raízen: venda das operações na Argentina avança

A Raízen informou que o processo de venda das operações na Argentina entrou em fase decisiva. O processo segue avançando e, neste momento, está em fase de avaliação e negociação de propostas e documentos vinculantes recebidos nos últimos dias. Os principais acionistas da Raízen, a Shell e Cosan, avaliam alternativas para fortalecer a estrutura de capital da companhia. Shell e Cosan seguem evoluindo na avaliação de alternativas para fortalecer nossa estrutura de capital e garantir a sustentabilidade da companhia no longo prazo. A partir dessas duas frentes, o reforço potencial de capital e a venda dos ativos argentinos, a Raízen busca consolidar o ciclo de transformação iniciado há um ano, que inclui simplificação do portfólio, ganhos de eficiência e redução da dívida. O primeiro ano desta agenda já mostra sinais concretos de evolução. Apesar dos avanços, há desafios à frente.

A simplificação tem sido um dos pilares centrais da gestão, com um portfólio enxuto focado no core business. A Raízen deixou operações de lojas de proximidade para concentrar esforços nas lojas de conveniência, além de reorganizar o negócio de trading para atuar exclusivamente com os produtos fabricados pela companhia. No segmento de bioenergia, a empresa reduziu o número de usinas de 30 para 24 plantas (6 plantas foram fechadas e desinvestidas). A Raízen também está vendendo seus ativos de geração de energia, com exceção da cogeração integrada às usinas. Somadas, essas iniciativas devem gerar cerca de R$ 5 bilhões, destinados integralmente à desalavancagem. A jornada de desalavancagem da companhia permanece como prioridade e será conduzida por avanços operacionais, desinvestimentos e ajustes na estrutura de capital. A empresa também reforçou que o programa de desinvestimentos ainda não terminou.

Essas medidas contribuem diretamente para reduzir a dívida líquida, em conjunto com uma eventual operação envolvendo a estrutura de capital. Na frente operacional, o ano tem mostrado melhora relevante no desempenho da distribuição de combustíveis no Brasil e na estrutura de custos. A performance em custo tende a se acelerar daqui para frente, com o trabalho de reestruturação em curso. Outro ponto é a disciplina no uso de capital de giro. Segundo a companhia, o indicador mostra uma redução expressiva no ano. Essa diretriz é um compromisso “irrestrito da administração”. A Raízen acrescentou que cerca de metade do açúcar do próximo ciclo já está fixado, oferecendo proteção parcial diante do cenário atual das commodities. Sobre a alavancagem ideal, a métrica dependerá da consolidação das mudanças no portfólio. O perfil de risco da companhia está mudando e a alavancagem precisa ser olhada nesse contexto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.