14/Nov/2025
O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) registrou lucro líquido recorde de R$ 67,8 milhões no segundo trimestre da safra 2025/2026, encerrado em setembro, alta de 41,2% ante igual período da temporada anterior, quando obteve lucro de R$ 48,031 milhões. No acumulado do semestre, o lucro líquido foi de R$ 117 milhões, aumento de 39,6% em relação ao primeiro semestre de 2024/2025. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 48% na mesma base de comparação e atingiu R$ 62,3 milhões. A margem Ebitda do segundo trimestre de 2025/2026 ficou em 53,2%, o que representa expansão de 11,1% ante igual período do ano-safra anterior. No semestre, o Ebitda foi de R$ 116,4 milhões. A receita líquida cresceu 17,1% no trimestre, para R$ 117,2 milhões. No acumulado do semestre, a receita líquida foi de R$ 227,8 milhões, crescimento de 16,7% versus o primeiro semestre de 2024/2025.
A adoção crescente de variedades mais produtivas oferece ao mercado um portfólio robusto de soluções eficientes. O ganho de participação de mercado no semestre foi significativo, atingindo 30%, 4% acima do primeiro semestre de 2024/2025. Esse resultado é reflexo da confiança construída pela empresa junto aos seus parceiros e clientes. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) somaram R$ 61,1 milhões no segundo trimestre de 2025/2026, alta de 12,8% na comparação com o segundo trimestre de 2024/25, impulsionando projetos em melhoramento genético, biotecnologia e sementes sintéticas. No acumulado do semestre, os investimentos em P&D alcançaram R$ 119,4 milhões, 18,5% acima do mesmo período do ano passado. O capex totalizou R$ 21,3 milhões no trimestre e R$ 43,3 milhões no semestre, com destaque para o ritmo acelerado das obras da planta demonstrativa de sementes sintéticas.
A posição de caixa líquido, atualmente em R$ 406 milhões no primeiro semestre, é fruto da disciplina na execução de nossos planos de investimento e de nossa gestão prudente do capital, garantindo solidez financeira e liquidez para seguir realizando projetos. No trimestre, o CTC avançou em frentes estratégicas de inovação. A companhia concluiu o estudo que confirmou o fungo Colletotrichum falcatum como agente causal da murcha da cana, um marco para o direcionamento de novas pesquisas em resistência e manejo da cultura. Em biotecnologia, a companhia evoluiu nos ensaios da primeira variedade VerdPRO2. Em sementes sintéticas, o período foi marcado pelos avanços em campo, com testes em 11 localidades e quatro novas variedades que apresentaram até 85% de germinação nos ensaios.
O CTC ampliou sua participação no mercado de variedades de cana-de-açúcar em 4% e atingiu 30% de market share no último trimestre, impulsionado pela rápida adoção das cultivares lançadas nos últimos anos e pela expansão das áreas de plantio, especialmente no oeste de São Paulo. Há espaço para novos avanços com a chegada de mais variedades ao portfólio já nesta safra. As variedades desenvolvidas pelo CTC nos últimos cinco anos alcançaram um nível de aceitação inédito: as novas variedades já representam 80% do plantio. Antes, levava anos para chegar nesse patamar; agora, foi possível alcançar no primeiro ano. Esse apetite do produtor por cultivares mais produtivas tem sido decisivo para o ganho de participação. A região de São José do Rio Preto e Araçatuba, no oeste paulista, foi o principal destaque. O CTC aumentou sua presença local de 27% para 34% em 12 meses. É uma região de grandes grupos. Eles influenciam fornecedores e usinas menores, que acabam seguindo o movimento.
O impulso no market share tende a continuar nos próximos ciclos graças ao reforço do portfólio. Quatro novas variedades serão lançadas agora: duas voltadas ao Centro-Sul e duas para o Nordeste, região onde o CTC ainda tem participação menor, mas considera estratégica. O CTC lançou de duas a cinco variedades por ano, e este ciclo segue esse ritmo. O objetivo é ter soluções para todas as condições de clima e solo, ampliando o alcance comercial. Esse movimento vem acompanhado de queda na inadimplência, que caiu para cerca de 2%. O cliente inadimplente perde acesso às novas variedades e, num momento de foco total em produtividade, isso se tornou inaceitável para o produtor. Com a expansão do portfólio e a entrada de novas cultivares, o CTC espera consolidar sua posição entre os principais provedores de genética da cana-de-açúcar no País. O avanço deste trimestre não inclui o efeito das sementes, que virá mais adiante. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.