13/Nov/2025
Segundo a Jalles Machado, mesmo após o "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos, o mercado de açúcar orgânico segue firme. A empresa manteve desempenho positivo e contratos fechados com preços firmes. Os efeitos imediatos das tarifas foram absorvidos pelo consumidor norte-americano. No curto prazo, os Estados Unidos não têm como abrir mão do açúcar orgânico brasileiro. Cerca de 50% de toda a demanda norte-americana vem do Brasil. Então, o mercado não tinha alternativa. Com isso, o impacto tarifário acabou repassado aos preços. De fato, o cidadão norte-americano está pagando essa tarifa via inflação. A empresa continua com boa performance. No entanto, uma manutenção prolongada das tarifas poderia abrir espaço para outros países.
Se o cenário persistir por muito tempo, Colômbia, Argentina e Paraguai podem expandir suas produções e ocupar parte desse mercado. Ainda assim, a produção de açúcar orgânico tem barreiras de entrada relevantes. Para certificar uma área de cana-de-açúcar como orgânica, é preciso cumprir uma quarentena de três anos. Isso dá uma vantagem competitiva importante ao Brasil. O desempenho até agora na safra 2025/2026 foi considerado positivo, embora abaixo do potencial. Os preços devem se manter firmes até meados de 2026. Todos os contratos já estão firmados até junho do próximo ano, e os preços devem continuar no mesmo patamar atual. Se até lá houver uma solução para o tema das tarifas, isso reduzirá a incerteza e deve sustentar bons níveis de preço para o próximo ciclo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.