12/Nov/2025
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) informou que na COP30 sustentará que a transição energética global precisa sair do discurso e entrar na fase de execução imediata, começando pelo que já está disponível em escala competitiva. A entidade defende que os sustainable fuels, em especial os biocombustíveis, são o caminho prático e comprovado para reduzir emissões no curto prazo e viabilizar o cumprimento das metas do Global Stocktake, que prevê triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030. Conforme a entidade, em Belém, ganha força a agenda de 'transitioning away from fossil fuels' (a transição organizada para longe dos combustíveis fósseis).
Nesse debate, o Belém 4X Pledge on Sustainable Fuels (Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis) se consolida como uma verdadeira plataforma de implementação, oferecendo diretrizes para políticas públicas integradas, mobilização de investimentos e expansão de rotas tecnológicas maduras. Entre essas rotas estão os mandatos de mistura (blending), o Sustainable Aviation Fuel (SAF), os biocombustíveis para o setor marítimo e soluções de economia circular, capazes de ampliar eficiência e impacto climático positivo já no curto prazo. Para a Unica, a transição deve começar agora com o que "está pronto, seguro e escalável".
O clima não pode esperar por soluções que ainda dependem de décadas de maturação. O mundo precisa, agora, daquilo que já entrega redução de emissões em escala e é exatamente isso que os biocombustíveis oferecem. O etanol brasileiro é uma das rotas mais eficientes e acessíveis de descarbonização disponíveis hoje. O Brasil reúne condições únicas para liderar essa agenda ao combinar produtividade agrícola, inovação tecnológica e governança socioambiental robusta. O Brasil possui políticas públicas consolidadas, auditorias independentes, rastreabilidade total da cadeia e salvaguardas socioambientais reconhecidas internacionalmente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.