ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

11/Nov/2025

RenovaBio: geração de CBios deve crescer em 2025

A StoneX projeta aumento gradual na geração de créditos de descarbonização (CBios) neste e no próximo ano, apoiado pela recuperação do consumo de etanol e pela manutenção do ritmo de produção de biodiesel. A emissão de CBios deve alcançar 43 milhões em 2025, alta de 1,4% em relação a 2024, e 45,1 milhões em 2026, avanço de 4,7% sobre o ano atual. O crescimento previsto para 2025 reflete a expansão de 2,5% na demanda total por biocombustíveis, impulsionada principalmente pelo biodiesel e pelo etanol de milho, ambos com menor fator de conversão em CBios. Para 2026, o cenário tende a ser mais favorável, com alta projetada de 6,2% na demanda por etanol anidro e hidratado e manutenção da mistura B15 no biodiesel. A recuperação do consumo de etanol é o principal vetor de crescimento no horizonte de médio prazo.

Fatores como a predominância do etanol de milho e o limite atual da mistura do biodiesel restringem um avanço mais expressivo na geração de CBios. No campo regulatório, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiu para 2025 uma meta global de descarbonização de 40,39 milhões de CBios, redução de 5,1% frente à proposta de 2023. Apesar disso, as metas individuais das distribuidoras somam 49,4 milhões de créditos, uma vez que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incorporou o saldo não cumprido do ciclo anterior (10,7 milhões) e aplicou abatimentos de 1,7 milhão de CBios para distribuidoras com contratos de longo prazo com produtores certificados.

Para 2026, o cronograma preliminar do RenovaBio indica uma meta inicial de 48,1 milhões de créditos, o que representaria um crescimento potencial de 19% em relação a 2025. Segundo dados da B3, até outubro de 2025 foram depositados 35,79 milhões de CBios, alta de 1,8% ante igual período do ano anterior. Nos últimos meses, entretanto, a emissão tem mostrado sinais de desaceleração, movimento sazonal esperado no fim do ano. O mercado caminha para um equilíbrio entre oferta e demanda, com ajustes graduais que têm contribuído para reduzir a volatilidade dos preços dos créditos. A tendência é de estabilidade em 2025 e avanço mais consistente a partir de 2026, caso o cenário produtivo se confirme. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.