22/Oct/2025

Os contratos futuros de açúcar demerara fecharam em queda nesta terça-feira (21/10) na Bolsa de Nova York. O contrato com vencimento em março/2025 caiu 48 pontos (3,05%), e fechou a 15,24 centavos de dólar por libra-peso. Mesmo com a alta de segunda-feira (20/10), as cotações não se sustentaram por causa do cenário baixista para o açúcar. A ampla safra global de açúcar, incluindo a do Brasil, principal exportador, vem pressionando a Bolsa de Nova York. As lavouras de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil vêm se recuperando, contrariando as expectativas iniciais, e a produção de açúcar no acumulado da temporada até 1º de outubro já superou a registrada em igual período do ciclo anterior. As perspectivas para Índia e Tailândia também são boas.

Na Índia, segunda maior produtora de açúcar do mundo, as chuvas de monções mais intensas, aliadas à expansão da área plantada, devem impulsionar fortemente a produção nacional. Estimativa da Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (Isma) indica produção de 34,90 milhões de toneladas em 2025/2026, aumento de 18% ante o ciclo 2024/2025. A Tailândia inicia a safra em dezembro e estima 11,4 milhões de toneladas (+14%), apoiada por expansão de área. Um fator de suporte ainda pode ser as compras chinesas de açúcar. Conforme a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC), as aquisições em setembro somaram 550 mil toneladas, avanço de 35,8% ante setembro de 2024. No acumulado do ano, o volume comprado subiu 9,4%, para 3,16 milhões de toneladas.