21/Oct/2025

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, afirmou que o custo logístico é hoje o principal fator que limita a competitividade do açúcar e do etanol brasileiros, especialmente frente aos concorrentes globais. O País vive uma "crise logística" e depende quase exclusivamente do transporte rodoviário para escoar a produção. O setor de etanol e açúcar é praticamente 100% rodoviário. O governo do Estado decidiu intervir na malha de acesso das usinas como forma de reduzir o peso do frete e melhorar a eficiência operacional.

Todos os acessos industriais e rodoviários das 22 usinas do Estado estão sendo asfaltados. O objetivo é facilitar o transporte de açúcar e etanol e garantir segurança ao deslocamento de trabalhadores. A questão logística está ligada ao desafio mais amplo de competitividade global da bioenergia, num momento em que o Brasil busca consolidar sua liderança na transição energética. O setor de bioenergia foi escolhido como prioridade porque é portador de futuro. Quando se fala em transição energética, segurança alimentar e tecnologia, o Brasil está na pauta mundial, mas precisa resolver seus gargalos internos.

Mato Grosso do Sul pretende se tornar território carbono neutro até 2030 e já monitora as emissões e remoções de gases de efeito estufa das indústrias instaladas. As usinas de etanol de milho registraram emissão de 1,3 milhão de toneladas equivalentes de CO2 e remoção de 2,6 milhões, o que representa saldo positivo de 1,3 milhão de toneladas. Destaque ainda para o avanço dos investimentos em biometano, estimados em R$ 1 bilhão, e o início de leilões para injetar o gás renovável na rede de gás natural, em substituição parcial ao combustível fóssil. O biometano vai cumprir o papel que o etanol cumpriu na gasolina: descarbonizar o gás natural. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.