21/Oct/2025
A Maersk está em fase de testes de uso de 10% de etanol no total de combustíveis de seus navios. Essa mistura já se mostrou viável do ponto de vista operacional e, passado o período de experimentos, a empresa deve partir para discussões comerciais com produtores brasileiros. As discussões serão voltadas para a sustentabilidade, quem for fornecer para a empresa precisa provar ser sustentável. O uso do etanol pode chegar a até 100%. O fato da Organização Marítima Internacional (IMO) ter adiado na última semana a implementação da proposta de Net-zero para o setor em um ano atrasa as discussões no setor, mas não muda os planos da empresa. Se toda a navegação usar essa mesma mistura de 10% de etanol em seus combustíveis, seriam necessários 30 milhões de toneladas de etanol, ou 50 bilhões de litros.
A Maersk tem hoje 15% desse mercado, com 17 navios já habilitados com a tecnologia flex da Everllance. Em até um ano, serão 25 desses navios na frota. A escala do uso desse combustível não se dará se isso significar desmatamento. As discussões agora devem se voltar para certificações de sustentabilidade no uso da terra e formas de comprovar os benefícios do etanol brasileiro. Segundo a Atvos, o etanol brasileiro emite cerca de 80% a menos de carbono em sua produção do que o bunker (combustível tradicional de navegação). É possível quadruplicar a produção brasileira sem desmatamento, com uso de terras já voltadas para o agronegócio, apenas intensificando a produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.