21/Oct/2025
A BP Bioenergy defendeu que as metas do RenovaBio sejam mais ambiciosas, combinadas com previsibilidade regulatória e aplicação rigorosa das regras pelo Estado. As metas tendem a ficar sempre do lado inferior da faixa. Há espaço para ser mais agressivo. Maior previsibilidade no cronograma regulatório abre o mercado para outros “jogadores entrarem", além de produtores e distribuidoras atualmente obrigados pelo programa. A empresa foi enfática sobre a necessidade de enforcement, termo que designa a capacidade do poder público de fazer cumprir a lei e aplicar penalidades a quem descumpre. Sem enforcement não tem credibilidade.
A incerteza jurídica atual prejudica o programa. Essa incerteza que o setor está vivendo hoje não ajuda. Há oportunidade para realmente fortalecer o programa para que continue mais 5, 10, 50 anos com esse sucesso. O RenovaBio define metas anuais de descarbonização para distribuidoras de combustíveis e recompensa produtores certificados pela redução de emissões com créditos de descarbonização (CBios). As 11 usinas da BP Bioenergy certificadas pelo programa reduziram suas emissões em 28% nos últimos cinco anos e operam com intensidade média de 22 gramas de CO2 por megajoule (gCO2/MJ), cerca de 21% abaixo da média do setor, de 28 gCO2/MJ.
O indicador mostra quanto gás carbônico é emitido por unidade de energia gerada. Duas unidades da BP, Monte Verde (MS) e Pedro Afonso (TO), estão no top 10 nacional de redução de emissões. A evidência empírica dos últimos anos é muito positiva. Os resultados foram obtidos com adoção de práticas de agricultura regenerativa, incluindo uso de agentes biológicos para controle de pragas, substituição de fertilizantes químicos por orgânicos e melhorias nos processos de combate a incêndios. O modelo brasileiro é "exportável" e pode servir de referência internacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.