20/Oct/2025
A Petrobras enviou ao Ibama, um dia após uma reunião para responder dúvidas do órgão ambiental, o valor de referência do empreendimento na bacia da Foz do Amazonas, que consiste na perfuração de um primeiro poço de quatro previstos. Segundo a estatal, serão investidos R$ 793,2 milhões, considerando custos totais de implantação, seguro, licenciamento ambiental, e programas de mitigação. Depois da realização da Avaliação Pré-Operacional (APO) no mês passado, o Ibama solicitou mais esclarecimentos à Petrobras, que se reuniu com o órgão ambiental na quarta-feira, 15. Após o encontro, segundo a estatal, o Ibama teria informado que todos os pontos foram esclarecidos e que foram suficientes para dar seguimento ao processo.
A expectativa nos bastidores da empresa é de que a licença seja concedida em breve. Em ofício enviado ao órgão ambiental, o maior custo se refere aos planos, programas e projetos de mitigação de impactos, da ordem de R$ 46,7 milhões. Os valores foram originalmente calculados em dólar, à cotação de R$ 5,40. A estatal explicou também, que outros projetos previstos, como Controle de Poluição, Educação Ambiental de Trabalhadores, Gerenciamento de resíduos de atividades de perfuração; entre outros, fazem parte dos custos associados à operação da sonda e da infraestrutura logística.
O contrato da sonda utilizada na APO, e que deverá fazer a primeira perfuração, no campo de Morpho (FZA-M-59), vence no dia 21 de outubro. Na semana passada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, alertou que, no pior cenário, sem a concessão da licença até esta semana, a companhia poderá ter que encontrar outro equipamento. Desta maneira, uma nova APO poderá ser necessária, atrasando ainda mais o processo. Se a Petrobras não começar a perfurar até o dia 21 de outubro, a sonda pode ser retirada da locação e, se ela for retirada e substituída por uma outra sonda no futuro, o que vai acontecer é que o processo de licenciamento começa todo de novo.
A expectativa é de que a esperada licença ambiental para a Petrobras explorar a Margem Equatorial deve ser concedida pelo Ibama nesta segunda-feira (20/10). Depois de passar por um processo de anos, o órgão ambiental teria se convencido que a estatal poderá perfurar o bloco FZA-M-59. Na sexta-feira (17/10), o Conselho de Administração se reuniu extraordinariamente. A reunião foi apenas para aprovar um acordo com uma organização internacional para a COP30, e que não poderia esperar a reunião ordinária do grupo, no final do mês, por questão de prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.